MemóriaOpinião Anarquista

1º DE MAIO VIVE! DIA DE QUEM TRABALHA E LUTA!

Opinião Anarquista 1º de Maio de 2024, disponível para impressão aqui.

Em 1º de Maio de 1886, trabalhadoras e trabalhadores dos EUA declararam greve geral por “Oito horas de trabalho, Oito horas de lazer, Oito horas de descanso”. Nessa época, o sindicalismo era ilegal, crianças trabalhavam em fábricas e as jornadas de trabalho superavam 12 horas.

Após um confronto na praça de Haymarket, em Chicago, a justiça burguesa lança uma campanha de prisões, torturas e perseguição. 8 operários anarquistas são presos, 5 condenados à morte por enforcamento.

NÃO É DIA DO TRABALHO!

A morte dos Mártires de Chicago não foi em vão. 1º de Maio virou dia de luta em todo o mundo e a jornada de 8 horas foi conquistada em diversos países.

Quando a repressão não funciona, os patrões tentam deturpar nossa história. Fazem festas do “dia do trabalho”, aparelham sindicatos e se apropriam das conquistas dos trabalhadores como se fossem presentes. Não adianta, 1º de Maio é dia de luta!

REVOGAR REFORMAS COM LUTA POPULAR!

De 1886 para cá, a luta entre trabalhadores e patrões continua. As “reformas” dos governos Temer e Bolsonaro, feitas a mando dos patrões e protegidas pelo governo Lula, nos fizeram retroceder em décadas de conquistas.

Hoje, o trabalho informal e “uberizado” é vendido como empreendedorismo. Motoristas e entregadores trabalham mais de 12 horas por dia sem direito à férias.

O Estado tem a cara de pau de dizer que esses trabalhadores não têm vínculo empregatício com as plataformas, que seguem sem ser responsabilizadas pela violação de direitos enquanto lucram cada dia mais.

A reforma da previdência faz com que nossa aposentadoria seja apenas um sonho distante, quase inatingível. As escalas de trabalho 6×1, os bancos de horas e a ampliação das terceirizações, frutos da reforma trabalhista de 2017, são uma afronta à conquista da jornada de 8 horas de trabalho.

A verdade é que hoje, assim como em 1886, trabalhamos tanto que quase não sobra tempo para viver.

SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

Enquanto anarquistas, a nossa resposta à esse sistema de escravidão e morte continua sendo a luta popular com ação direta. Precisamos conquistar e defender nossos direitos com greves, atos de rua e ocupações!

Precisamos de sindicatos, grêmios estudantís, associações de moradores e movimentos sociais combativos, anticapitalistas e autônomos. Nossos movimentos precisam ser as sementes de um novo mundo, com democracia de base, solidariedade e autogestão. Um mundo sem patrões e ditadores.

Por isso, convidamos a todas e todos para conhecer a Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) e construir conosco o socialismo libertário, desde baixo e à esquerda.


VIVA O 1º DE MAIO ANARQUISTA!
LUTAR, CRIAR, PODER POPULAR!
REVOGAR AS REFORMAS COM LUTA POPULAR!