Nota de repúdio à difamação política
A Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) vem a público emitir uma nota de repúdio às difamações que vem sofrendo durante este período eleitoral por parte de determinados setores e, recentemente, de um coletivo de mídia alternativa. Estes vêm insinuando de maneira covarde ou afirmando categoricamente que membros da nossa corrente (especifista) vêm apoiando o voto crítico no governo Dilma, com o claro intuito de atacar nossa Coordenação.
A posição da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB), que reúne 9 organizações anarquistas dessa corrente, espalhadas em diversas regiões do país, sempre foi clara nesse sentido: “Ou se vota nos de cima. Ou se luta com os de baixo”, ou seja, a defesa do voto nulo e a abstenção eleitoral. Além da análise conjuntural realizada, em que avaliávamos as especificidades das duas propostas de gerência do capitalismo brasileiro, as organizações vinculadas a nossa coordenação emitiram dezenas de comunicados e realizaram atividades que não deixam dúvidas sobre nossa posição; recomendando à nossa militância e àqueles que nos cercam o “Não votar”, o “Votar Nulo” e, principalmente, à partir disso, o se organizar nas bases pela construção do Poder Popular.
Lembramos que a CAB, nesse sentido, só responde e exige coerência de sua própria militância. Não temos controle da posição de militantes dos movimentos sociais nos quais estamos inseridos e, tampouco, podemos ser responsabilizados por opções individuais fora de nossa corrente. Sabemos também que, a despeito das divergências com outras correntes do socialismo sobre esse ponto, manteremos uma relação fraterna com aqueles que defendem outras opiniões. Nosso debate sempre foi e sempre será político. Difamações, insinuações injuriosas e inverdades não fazem parte da nossa prática política.
Chamamos atenção para a responsabilidade ética dos que difundem essa opinião caluniosa ou se omitem diante da difamação que nossa Coordenação vem sofrendo, ainda que coloquem-se como anarquistas.
Assim, mais uma vez, seguiremos na luta, fora das urnas e na construção do poder popular.
Ou se vota nos de cima, ou se luta com os de baixo!