Conjuntura

Nossa luta precisa ir além!

Já foram 3 manifestações nacionais massivas de rua contra o governo genocida de Bolsonaro. Sem falar na luta dos povos originários contra o Marco Temporal e a PL490. O tanto de sentimento represado desde o início da pandemia desaguou em uma série de mobilizações que, mesmo com todos os seus limites, são novas e importantes no atual momento social e político do nosso país.

Todas as Organizações Políticas da CAB participaram nestas manifestações com sua militância, os grupos de tendência, os espaços sociais que construímos e os setores com quem temos aliança. Seja junto a blocos autônomos ou a blocos político-sociais, estivemos presentes erguendo as bandeiras da Campanha de Luta por Vida Digna, entre elas a que faz oposição a esse governo assassino.

Pois sabemos que muitos dos problemas econômicos e sociais que enfrentamos, além das causas estruturais e sistêmicas que são próprias do capitalismo, tem uma causa política. De fundo está o Estado, como engrenagem da dominação capitalista. Mas o seu gestor de turno é esse governo militar, corrupto e genocida, e contra ele nos levantamos.

No entanto, nossa luta precisa ir além. Alguns olham para 2022 e dizem que a eleição de qualquer outro candidato vai por um fim à desgraça que estamos vivendo. Nós sabemos que o “buraco é mais embaixo” e que sem força social organizada não conseguiremos mudar a correlação de forças a nosso favor. Enquanto para as esquerdas parlamentares o que interessa são votos e não o protagonismo dos de baixo, nós queremos impulsionar a organização do povo pobre, preto, das mulheres e dos trabalhadores e trabalhadoras dos setores privados e mais precarizados. Se como classes oprimidas queremos impor nossas demandas, é disso que precisamos: organização e revolta popular dos de baixo!

Mais do que nunca o momento é de mobilizar nos territórios, nos setores de trabalho, de estudo e nas periferias. Garantindo os cuidados sanitários, pois somos povo e queremos nosso povo saudável e forte para as lutas que virão. A unidade que queremos, e a que pode mudar a correlação de forças, não é a unidade das esquerdas e sim uma unidade pela base: de grupos de moradores, dos locais de trabalho, de iniciativas de apoio mútuo e solidariedade, de estudantes, etc. Unidade de classe, desde baixo, para criar força social. Povo forte, combativo e organizado para lutar contra o genocídio de Bolsonaro e ir além.

Esse é nosso papel enquanto Organização Política, seja pela propaganda, pelo trabalho de inserção e organização dos de baixo, pela cultura e pela mobilização de reivindicações sentidas em cada lugar, incentivando o espírito de revolta e combatividade dos de baixo.

POVO FORTE NA RUA CONTRA O ESTADO GENOCIDA!
DESEMPREGO E PANELA VAZIA É REVOLTA NA PERIFERIA!

Coordenação Anarquista Brasileira

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