AVANÇAR NA GREVE COM COMBATIVIDADE E DISPOSIÇÃO PARA A LUTA!
Desde o dia 11 de março, os trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) das universidades e institutos federais estão em greve por melhores salários, condições de trabalho e contra o sucateamento das universidades e institutos federais.
Os TAEs são a maior parte dos servidores federais e representam quase 20% da força de trabalho, somando cerca de 200 mil trabalhadores entre ativos e aposentados,porém recebem os piores salários.
GREVE DA EDUCAÇÃO PARA AVANÇAR NAS DEMANDAS E BARRAR A PRECARIZAÇÃO!
Se somando aos trabalhadores técnicos, professores e estudantes de dezenas de universidades e institutos federais também aderiram à greve no mês de abril. Assim, unificando e fortalecendo a luta da educação.
Radicalizar para mudar
Mesmo diante de uma greve inédita, que já afeta ao menos 47 instituições federais de ensino em todas as regiões do país, o governo Lula (PT) ainda se nega a pagar melhores salários e aumentar a verba pública para o ensino federal. Até o momento, só apresentou propostas rebaixadas e inaceitáveis.
Com o avançar da greve e a enrolação do governo petista, que em nenhum momento se compromete em revogar as políticas de destruição da Educação Pública que herdou de Temer e Bolsonaro,uma das exigências do movimento grevista, se faz necessária a radicalização da luta. Cabe ao povo organizar assembleias, protestos, ocupações, piquetes e aumentar a pressão.
O descaso do governo federal só mostra que será preciso muito mais para que o movimento grevista alcance a vitória. Sem radicalização, sem sindicatos combativos, trabalhadores e movimentos estudantis fortes, a greve corre o risco de acabar sem conquistas relevantes. Se não gritar, o governo não escuta!
A greve de 1917 como exemplo
A greve dos operários em 1917, com forte influência anarquista, foi fundamental para a conquista de direitos trabalhistas básicos, como a jornada de 8 horas, proibição do trabalho infantil, descanso semanal remunerado, licença-maternidade, aposentadoria e férias remuneradas.
À época, milhares de operários grevistas paralisaram os locais de trabalho, fizeram assembleias populares e foram para cima dos patrões com piquetes e ações diretas, como o roubo de farinha das fábricas que enriqueciam às custas do sangue e suor da classe trabalhadora e de seus filhos.
Dezenas deles morreram em embates sangrentos, outros tantos foram duramente perseguidos, mas radicalizando a luta e enfrentando o braço armado e a repressão do Estado, conquistaram direitos históricos.
Que a história escrita em 1917 sirva de inspiração aos trabalhadores e estudantes que estão em greve hoje. Não há conquista sem enfrentamento, não há vitória sem luta!