91 anos – Revolução na Manchúria
Neste 21 de julho se completam 91 anos da proclamação da Assembleia do Povo Coreano na Manchúria, ferramenta administrativa criada por camponeses e colonos coreanos junto a soldados do exército de independência da Coreia na região lesta da Manchúria (atual província de Heilongjiang, na China), no marco da resistência à invasão imperial japonesa. Esse fato sem precedentes para a região foi impulsionado principalmente pelo anarquismo organizado na Federação Anarco-Comunista da Coreia e contou com a participação de mais de um milhão de pessoas em uma área do tamanho da província de Rio Negro (Argentina).
Algumas de suas referências – Kim Jong-jun, Kim Jwa-jin e Lee Hwae-young, entre outros – além de figuras emblemáticas do anarquismo coreano, chegaram a ser reconhecidos anos depois como heróis da independência da Coreia.
Neste processo revolucionário não só chegaram a ensaiar formas administrativas de sociedade baseada na proposta de “Não Governo” – o que incluía o federalismo e antiestatismo – como também se desenvolveu um sistema de produção rural moderno, tecnificado e cooperativo. Os constantes ataques do estalinismo pela retaguarda e do império japonês na frente oriental teve como consequência a derrota definitiva do sonho libertário ao fim de 2 anos e meio.
Para entender mais:Artigo: “Revolução Anarquista na Coreia: a Comuna de Shimin (1929-1932)”, de Emilio Crisi: https://ithanarquista.wordpress.com/2015/07/30/emilio-crisi-revolucao-anarquista-na-coreia/
Livro: “Revolução Anarquista na Manchúria”, de Emilio Crisi: https://editorafaisca.wordpress.com/2019/09/13/lancamento-emilio-crisi-revolucao-anarquista-na-manchuria-1929-1932/
