12 DE MARÇO: MEMÓRIA AOS 5 ANOS DO GENOCÍDIO DA PANDEMIA
Neste 12 de março, completam-se cinco anos desde a primeira morte por Covid-19 no Brasil. Durante a pandemia do coronavírus, o governo de então estava sob o comando de uma cúpula dirigida por militares golpistas, políticos fascistas e empresários ultraliberais. Sob sua política de lucro acima da vida, 700 mil pessoas morreram. Fomos o segundo país com mais mortes no planeta. Essa verdadeira corja de assassinos, com a máquina do Estado nas mãos e na figura de seu testa de ferro, Jair Bolsonaro, decidiu usar o povo brasileiro como cobaia de seus experimentos perversos.
Testemunhamos, com o coração cheio de dor e ódio, o escândalo do superfaturamento da vacina Covaxin, envolvendo empresários, oficiais e assessores ligados a Bolsonaro. Vimos também o eugenismo assassino da Prevent Senior, que promoveu o charlatanismo médico do bolsonarismo, com suas cloroquinas e ivermectinas, e executou pacientes idosos e em estado crítico. Esse foi o núcleo do poder de mobilização bolsonarista.
A mesma máquina de guerra digital que impulsionou o negacionismo científico durante a pandemia alimentou o clima conspiracionista que culminou na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, anos após o auge da pandemia no Brasil. O método, que parte da caserna e se espalha como modo de mobilização permanente, é o mesmo: manter uma base mobilizada, cada vez mais descolada da realidade, por meio de operações psicológicas, com táticas de desinformação e desorientação cognitiva, fomentando o ódio a inimigos imaginários.
O genocídio pandêmico foi perpetrado usando a mentira como arma: semeou-se o medo para colher a morte. A enxurrada de desinformação levou grandes parcelas da população a rejeitar métodos eficazes de prevenção e controle da doença, como o isolamento social, o uso de máscaras e a vacinação. Tudo isso partiu de uma cúpula que uniu a caserna e os setores mais perversos do capital. Eles usaram a máquina do Estado para ceifar a vida de mais de 700 mil brasileiros e brasileiras – nossos tios, avós, mães, pais, filhas, companheiros, amizades e irmãos.
Desde 1964, a milicada golpista utiliza métodos psicopolíticos para atingir seus objetivos sanguinários. Hoje, as redes sociais proporcionam um alcance e sofisticação sem precedentes a essas técnicas. Somente a memória e a verdade farão justiça à história!
700 MIL MORTES! NÃO FOI SÓ A PANDEMIA, FOI GENOCÍDIO ORGANIZADO PELO ESTADO!
NÃO ESQUECER E NÃO PERDOAR! MILITARES E EMPRESÁRIOS SÃO CÚMPLICES DA MATANÇA!
VAI TER VOLTA! SEM ANISTIA PARA OS GENOCIDAS E GOLPISTAS ASSASSINOS DO POVO!